A primeira vez
A primeira menstruação, chamada de menarca é um marco significativo no desenvolvimento biológico e emocional de uma menina, pois sinaliza o início de sua capacidade reprodutiva. Em média, ocorre por volta dos 12 anos, mas a idade pode variar entre 10 e 15 anos, dependendo de fatores genéticos, ambientais e nutricionais. Esse evento, que integra as transformações da puberdade, vem acompanhado de mudanças físicas, hormonais e emocionais no corpo feminino.
No entanto, esse acontecimento vai além de uma simples transformação biológica; é acompanhado de mudanças psicológicas e sociais, que demandam uma rede de apoio familiar e escolar bem estruturada. A chegada da menarca pode ser um momento desafiador e, muitas vezes, estigmatizado, especialmente em contextos em que a educação menstrual é escassa. A informação e o diálogo são fundamentais para promover uma experiência positiva e para quebrar tabus, permitindo que as jovens compreendam e aceitem essa nova fase com naturalidade e confiança.
A Dra. Maíra Pierri, pediatra e hebiatra (especialista em adolescentes), explica que uma das principais preocupações das meninas é a percepção de que a menstruação é algo negativo. "Hoje, muitas meninas chegam perguntando se o período menstrual é ruim, e acredito que nosso papel, enquanto sociedade e profissionais de saúde, é desmistificar essa ideia de que a menstruação é algo ruim, que todo mês sangra, que todo mês suja. Nós procuramos mostrar que esse processo é bonito, pois representa o início do período fértil. A menstruação traz aspectos positivos, como o desenvolvimento físico e psicológico das jovens, e deve ser encarada de forma natural e saudável", afirma a médica.
Para desmistificar o processo do ciclo menstrual e os sinais iniciais da puberdade, a médica começa explicando que a menstruação não é o primeiro indicativo de que o corpo está se transformando. Esse papel cabe ao surgimento do broto mamário, geralmente que acontece aos 8 anos de idade, que marca o início das mudanças biológicas nas meninas. Esse estágio inicial é chamado de M2 na Escala de Tanner , uma ferramenta médica que categoriza as etapas do desenvolvimento físico de crianças e adolescentes.
A escala, que vai do M1 — representando o corpo infantil — até o M5 quando o desenvolvimento físico está completo. Essas transformações no corpo — como o surgimento dos primeiros pêlos e o desenvolvimento das mamas — podem ser confusas e até assustadoras para muitas meninas. Para ajudar a tornar esse processo mais compreensível e menos intimidante, Maíra defende que a orientação deve ser acessível e lúdica. Ela adota uma abordagem visual, usando modelos anatômicos para explicar o ciclo menstrual de maneira simplificada e próxima da realidade das adolescentes.
“Mostro o útero e os ovários e explico: ‘Dentro dos ovários já existem os óvulos. Eles percorrem as trompas e, todo mês, o útero se prepara como um ninho, esperando um espermatozóide para formar um bebê. Como vocês ainda são novas, esse não é o momento. Quando não há fecundação, esse ninho se desfaz e sai em forma de menstruação’”, explica.Com uma abordagem clara e adaptada à realidade das jovens, a médica busca desmistificar o ciclo menstrual, ajudando as meninas a compreenderem as transformações naturais que ocorrem em seus corpos durante a puberdade.
Além de explicar o processo biológico da menstruação, a médica apresenta as diferentes opções de produtos menstruais disponíveis, como absorventes internos e externos, calcinhas absorventes e coletores menstruais, preparando-as para fazer escolhas.Embora a menstruação seja um processo natural esperado para todas as meninas, algumas podem vivenciar um atraso na menarca. O ginecologista Ricardo S. Gomes explica que, em alguns casos, a primeira menstruação pode não ocorrer até os 15 anos de idade. Nesses casos, quando também não há sinais de desenvolvimento puberal, como o crescimento das mamas e dos pelos, é recomendável procurar uma avaliação médica.
“Quando a menstruação não ocorre até os 15 ou 16 anos, chamamos essa condição de ‘amenorreia primária’ . Isso pode estar relacionado a fatores genéticos, alterações hormonais ou a problemas estruturais no sistema reprodutivo”, explica. Ele destaca que o acompanhamento médico nesses casos é essencial para garantir o desenvolvimento saudável e oferecer o suporte adequado à jovem e à sua família.‘’Embora a amenorreia primária seja uma condição rara, é importante ficar atento aos sinais.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem fazer uma diferença significativa na qualidade de vida e na saúde reprodutiva da adolescente. Sob o acompanhamento de um especialista, é possível identificar as causas do atraso e, se necessário, iniciar intervenções que garantam um desenvolvimento completo e saudável’’ recomenda o médico. Para muitas meninas, o início da menstruação traz dúvidas e inseguranças sobre como cuidar da higiene íntima. O médico ressalta que esses primeiros cuidados são fundamentais para evitar infecções e manter a saúde íntima.
Ginecologista, Sexólogo e Terapeuta Sexual Ricardo S. Gomes
No caso dos absorventes externos, ele recomenda que sejam trocados a cada quatro ou seis horas, de acordo com o fluxo. “A umidade favorece o crescimento de bactérias, então manter o absorvente por muito tempo aumenta o risco de desconforto e possíveis infecções.Para as meninas que optam por absorventes internos, como tampões, a troca deve ocorrer entre quatro e oito horas para evitar o risco da Síndrome do Choque Tóxico (SCT), uma condição rara, mas séria, associada ao uso prolongado desses produtos’’.
A falta de higiene adequada durante o período menstrual pode levar a infecções como vaginoses bacterianas e infecções fúngicas, além de irritações e desconforto. Acumular sangue menstrual por longos períodos cria um ambiente ideal para o crescimento de bactérias e fungos, o que pode causar desde odor desagradável até inflamações mais graves.
A importância da educação menstrual
A transição para a adolescência e as mudanças físicas e emocionais da puberdade são desafios comuns para muitas meninas. Neste processo, a educação menstrual se torna um elemento essencial para garantir uma experiência acolhedora aliada ao suporte emocional e educacional, ajuda a tornar essa fase mais compreensível e acolhedora, preparando as meninas para o amadurecimento e para a chegada da menarca de forma tranquila.Para o médico Ricardo Gomes, é essencial que as informações sobre o ciclo menstrual sejam passadas de maneira natural e gradual, evitando sustos ou traumas.
“A gente precisa falar sobre isso antes. Não é no meio da menstruação que uma menina deve descobrir o que está acontecendo. Muitas meninas, ao menstruar pela primeira vez, ficam assustadas, sentindo-se confusas e até achando que estão doentes ou que algo muito errado aconteceu. Tem histórias de meninas que, ao ver o sangue, acham que vão morrer, porque ninguém nunca explicou para elas que isso é uma parte normal da vida de qualquer mulher”. Segundo ele, o fato de algumas meninas sentirem vergonha ou medo de contar sobre a menstruação aos pais é reflexo de uma cultura de silêncio e falta de informação.
Algumas adolescentes acreditam até que fizeram algo errado ou se machucaram, criando mitos e culpas em torno do próprio corpo. Para desconstruir esses medos, o ginecologista sugere que o tema seja introduzido no cotidiano da família de maneira simples e prática. "Acho que a primeira coisa a gente começar a usar coisas do dia a dia do tipo uma menina que viu a mãe comprando absorvente na farmácia ou chegando como absorventes em casa é a menina pergunta.
Ah, mas o que é isso? Ah é que todo mês a mamãe tem o sangramento e quando você chegar, né? Quando você for mocinha também vai ter esse tipo de sangramento e é normal, ta. Isso permite que a gente tenha um pouquinho mais dessa cultura e adolescente poder procurar ajuda da mãe “. Essas conversas, ainda que simples, são fundamentais para que as meninas sintam-se à vontade para pedir ajuda quando precisarem, seja com os pais ou com um médico.
Para Ricardo Gomes, ter essa familiaridade com o próprio corpo e suas mudanças é essencial. “Essa preparação ajuda a menina a entender que o corpo dela é natural e saudável, e que está tudo bem pedir ajuda quando precisar. Esse acolhimento é o que queremos para que ela não se sinta sozinha ou assustada”, conclui o médico.Para muitos pais, o momento da primeira menstruação de suas filhas é visto como o marco inicial para a ida ao ginecologista.
No entanto, o Dr. Ricardo destaca que a primeira consulta ginecológica nem sempre precisa coincidir com a menarca (primeira menstruação). Segundo ele, uma consulta ginecológica só se torna essencial quando a adolescente apresenta algum sinal ou sintoma fora do comum, indicando uma possível irregularidade no processo menstrual. O médico destaca a importância de uma figura feminina, geralmente a mãe, acompanhar a filha em sua primeira consulta ginecológica.
Ele explica que essa experiência pode ser desafiadora para muitas adolescentes, que frequentemente não têm clareza sobre o que esperar e podem se sentir vulneráveis ao lidar com uma avaliação em uma área tão íntima.
Ricardo S. Gomes - Ginecologista, Sexólogo e Terapeuta Sexual
A família deve participar
A menstruação é o início de uma nova fase na vida das meninas, e, para muitas mães, traz dúvidas e receios. Ainda que o tema seja discutido atualmente, a menarca — a menstruação —ainda carrega tabus e preconceitos culturais que dificultam a abordagem desse processo de forma natural. A psicóloga e sexóloga Karina Brum observa que, para transformar essa transição em um momento positivo, o ideal é que mãe e filha construam um diálogo de sororidade: um espaço de conversa em que a mãe compartilha suas próprias experiências e explica à filha o que significa menstruar.
“A ideia é que essa conversa seja leve e natural, para que a menina entenda o próprio corpo e viva essa fase com mais tranquilidade”, explica Karina. Esse diálogo entre mãe e filha vai além de questões biológicas; ele é uma oportunidade de quebrar os tabus e criar um espaço de confiança, onde a jovem se sinta confortável e segura para entender as mudanças em seu próprio corpo. Karina observa que muitas mães não tiveram essa chance de falar abertamente com suas mães ou tutoras e, por isso, buscam oferecer uma experiência mais acolhedora e positiva para suas filhas.
"Essas mães, em geral, não receberam esse tipo de orientação de suas próprias mães. As gerações passadas cresceram sob estigmas, estereótipos e falas pejorativas. Muitas vezes, mesmo sem essa intenção, as mães acabavam transmitindo desconhecimento sobre o tema, algo que hoje tentamos corrigir" explica Karina. Ela sugere que a explicação do ciclo menstrual às meninas seja feita de maneira biológica e natural, sem causar receios. “Digo às mães que elas podem abordar o assunto de forma acolhedora e simples: ‘Filha, toda mulher, quando o corpo está pronto para gestar, menstrua. Isso significa que você pode engravidar, mas ainda é uma criança e está amadurecendo.
A mamãe está aqui para te ensinar sobre proteção e autocuidado’”.Karina explica que, para muitas mães, ver a filha menstruar é um motivo de medo. Para essas mulheres, a menstruação da filha representa não apenas uma nova fase de desenvolvimento físico, mas também traz à tona a possibilidade de uma futura gravidez, o que gera uma série de preocupações.
A chegada precoce da menstruação levanta questões importantes sobre o amadurecimento biológico. "Ver uma menina de nove anos menstruando e associar isso a uma suposta prontidão para a gestação é algo que deve acender todos os sinais de alerta".
O fato de as meninas estarem menstruando mais cedo pode acarretar a possibilidade de uma menopausa precoce . "Hoje, a maioria das mulheres entra na menopausa por volta dos 50 anos, mas já existem estudos indicando alguns casos que as mulheres entram com 35 anos. Isso significa que o período reprodutivo está se encurtando", alerta Karina.
Psicóloga e sexóloga Karina Brum
O PAPEL DA escola
Sexóloga e educadora sexual Karina Brumo, aponta que ainda persiste entre muitos pais o mito de que a menstruação é um sangue sujo ou algo relacionado a doenças e mau cheiro. “Esse é o grande mito que muitos pais carregam. Precisamos desmistificar e orientá-los para que encontrem a melhor forma de abordar o tema com os filhos. Quando isso não dá certo, eles acabam recorrendo a mim”, comenta Karina.Para ela, as escolas têm um papel fundamental na quebra desses tabus e na construção de um ambiente de educação inclusiva e acolhedora.
É essencial que as instituições de ensino ofereçam acesso a informações precisas e promovam espaços seguros para discussões, como rodas de conversa, onde adolescentes possam esclarecer dúvidas e desconstruir preconceitos.É essencial incluir os meninos e os pais nas conversas sobre menstruação, especialmente nas famílias em que há irmãs ou filhas que estão passando por essa fase. Ela explica que o conhecimento sobre o ciclo menstrual vai muito além da biologia, trata-se de apoio e sintonia familiar.
Karina acredita que educar sobre menstruação não é só ensinar as meninas; é incluir todos ao redor delas. “Eu sou muito a favor da educação para todos. Meninos, pais, colegas. Todos precisam entender que a menstruação é um processo natural, que faz parte da vida de tantas mulheres e meninas.
Psicóloga e sexóloga Karina Brum
Gir up morena
A realidade de jovens que não têm acesso a produtos básicos de higiene menstrual motivou um grupo de jovens de Mato Grosso do Sul a se unir para fazer a diferença. Inspiradas pela missão de promover igualdade e dignidade menstrual, as integrantes do Girl Up Morena — um movimento feminista internacional — mobilizam campanhas de doação e conscientização para enfrentar a pobreza menstrual em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Fundado e liderado pela estudante Lenita Moraes Pires, de 17 anos, o Girl Up Morena reúne jovens entre 17 e 23 anos que têm como propósito combater o estigma da menstruação e viabilizar o acesso a absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade.
A ideia surgiu quando Lenita, ainda no Ensino Médio, se deparou com a dificuldade de suas colegas em escolas periféricas para adquirir produtos de higiene menstrual. Essa realidade a inspirou a escrever o artigo científico “A pobreza nas escolas periféricas em Campo Grande”, no qual expôs a precariedade enfrentada por muitas jovens da sua cidade.A jovem ativista conta que, desde muito nova, sentia afinidade com temas ligados à política e à saúde feminina. “Sempre gostei de militar, mas ainda estava um pouco perdida”, revela.Em busca de mais informações sobre como se engajar nessas áreas, Lenita conheceu o Girl Up por meio das redes sociais e viu clubes organizando simulações e campanhas de impacto social.
“Eu me interessei imediatamente. Era o espaço de ação que eu procurava”, conta. Assim nasceu o Girl Up Morena, um espaço de atuação e acolhimento para jovens que compartilham do mesmo desejo de promover a dignidade menstrual.Contudo, o trabalho do grupo enfrenta desafios específicos, Mato Grosso do Sul ainda carrega marcas de conservadorismo e tabus que dificultam o apoio de instituições e a mobilização de recursos.
Segundo Lenita, a resistência social é um obstáculo constante: “Apesar de haver pessoas que querem ajudar, o estado é muito machista. Muitas vezes, as pessoas não demonstram interesse em apoiar essa causa”. Como alternativa, a equipe se mobiliza em redes sociais, envia mensagens e busca doações em campanhas recorrentes, lutando para que a causa seja reconhecida e apoiada.Para engajar outras voluntárias, Lenita aposta em uma abordagem pessoal. “Falo com cada menina, mando mensagens, ligo, convido pessoalmente.Digo que acredito no potencial delas para fortalecer o grupo”. Lenita ressalta que muitas jovens, sem perceber, têm o privilégio de ter acesso a absorventes, enquanto outras sequer conseguem comprá-los.
Por isso, o clube busca conscientizar sobre a pobreza menstrual como uma questão de direitos.As campanhas de distribuição de kits de higiene da Girl Up Morena são feitas com planejamento e cuidado. Cada kit inclui absorventes, sabonete, e, conforme o orçamento permite, itens como papel higiênico e pasta de dente. O clube realiza doações em locais como o Instituto Misericórdia, Estabelecimento Penal Feminino de Regime Semiaberto, Aberto e Assistência à Albergada de Campo Grande e escolas da região.“Não faz sentido entregar um absorvente apenas porque é barato, sem saber se realmente oferece o conforto necessário.
Os absorventes Diana, por exemplo, é uma das marcas escolhidas por sua acessibilidade e qualidade, sendo testado pelas integrantes do clube antes de sua inclusão nos kits’’.Mais do que doar produtos, o grupo se dedica a proporcionar dignidade e bem-estar para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade. Além das doações, o Girl Up Morena realiza palestras sobre educação menstrual com o apoio da educadora sexual Bianca Andrade. “A Bianca é como uma mãe para nós.Ela nos ajuda a desmistificar a menstruação com apresentações e conversa sobre o ciclo menstrual, métodos contraceptivos e tudo que envolve o tema”.
Para acabar com os tabus sobre menstruação, o Girl Up Morena desenvolveu o “Tabuleiro Sem Tabu”, um jogo educativo que leva informações sobre o ciclo menstrual de forma interativa e acessível. “Queríamos algo que realmente transmitisse conhecimento e causasse impacto”, conta Lenita.O “Tabuleiro Sem Tabu” inclui cartas de curiosidades que orientam as meninas sobre educação menstrual de forma clara e acessível, explica Lenita.
O trabalho da Girl Up Morena simboliza uma luta contínua contra a pobreza menstrual e um compromisso em promover a igualdade de direitos. Para essas jovens, dignidade e acesso a produtos básicos são direitos de todas. A missão do Girl Up Morena é construir um mundo onde a pobreza menstrual seja erradicada e todas as mulheres e meninas tenham seus direitos e necessidades respeitados.
Diretora Girl Up Morena Lenita Moraes Pires, 17 anos
Glossário para Entender a Menstruação
Absorvente: Produto utilizado para absorver o fluxo menstrual. Pode ser descartável ou reutilizável.
Amenorreia: Ausência de menstruação, que pode ocorrer por causas naturais (gravidez, menopausa) ou por condições médicas
Ciclo menstrual: Período que dura, em média, 28 dias, desde o primeiro dia da menstruação até o dia anterior à próxima. Pode variar entre 21 e 35 dias em mulheres saudáveis.
Ciclo menstrual: Período que dura, em média, 28 dias, desde o primeiro dia da menstruação até o dia anterior à próxima. Pode variar entre 21 e 35 dias em mulheres saudáveis.
Cólica menstrual: Dor no baixo ventre causada pela contração do útero para expelir o revestimento uterino durante a menstruação.
Corpo lúteo: É uma estrutura que se forma no ovário depois da ovulação.O corpo lúteo produz o hormônio progesterona, e dura de 10 a 16 dias. Nesse sentido, quando ele se desfaz, acontece a menstruação.
Dismenorreia: Termo médico para a dor menstrual. Pode ser classificada como primária (natural, sem causas patológicas) ou secundária (causada por condições como endometriose).
Endométrio: Camada interna do útero que se descama durante a menstruação se não houver gravidez.
Fase folicular: Primeira fase do ciclo menstrual, em que o corpo se prepara para liberar um óvulo.
Tensão pré-menstrual (TPM): Sintomas emocionais e físicos relacionados às alterações hormonais antes da menstruação.
Lútea (Fase): Segunda metade do ciclo menstrual, após a ovulação, caracterizada pela produção de progesterona.
Menarca: Primeira menstruação de uma pessoa, marco do início da puberdade.
Menopausa: Momento da vida em que os ciclos menstruais cessam, devido à baixa produção hormonal. Ocorre geralmente em torno dos 50 anos, podendo ser antes ou depois
Menstruação: Sangramento que ocorre devido à queda hormonal após um ciclo ovulatório. O período de fluxo menstrual geralmente dura entre 3 e 5 dias, podendo durar até cerca de 8 dias dentro do considerado "normal''.
Fluxo menstrual: Sangue e tecido endometrial que são eliminados do corpo durante a menstruação.
PMS (Síndrome Pré-Menstrual): Conjunto de sintomas físicos e emocionais que podem ocorrer antes da menstruação.
Sangramento de escape: Pequeno sangramento fora do período menstrual, comum em usuárias de anticoncepcionais hormonais.
Útero: Órgão reprodutivo onde o endométrio se forma e, na ausência de gravidez, é expelido durante a menstruação.